APARECIDA (SP)
Mais uma vez, nós vimos um dos maiores fluxos religiosos com impressionante número de visitantes à Basílica Nacional de Aparecida por ocasião do último feriado de Outubro.
A cidade de Aparecida nasceu de um milagre, quando em 1717 os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves pescaram no rio Paraíba do Sul a imagem de uma Santa Negra.
Por favor, não chame a cidade de “Aparecida do Norte” o nome da cidade é tão somente “Aparecida”.

HISTÓRIA

Era época de pouca pesca, e para servir um banquete a Dom Pedro Miguel de Almeida, então governador de Minas Gerais e São Paulo, que passava pela Vila de Guaratinguetá.
Três pescadores lançaram sua rede ao rio. Num primeiro lance, pescaram um corpo da imagem, sem a cabeça. Jogando novamente a rede, pescaram do rio a cabeça da imagem que se encaixou perfeitamente. Tinham pescado a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o que foi um sinal de que aquela cidade seria abençoada.
Atualmente, com seus 35mil habitantes, vive de um movimentado comércio movido pela fé das pessoas que vão agradecer ou pedir graças à Santa Padroeira do Brasil. Conhecida mundialmente, a Estância Turística Religiosa de Aparecida recebe anualmente milhões de pessoas. Se para os romeiros o bom é visitar a cidade em dias de festas, para os turistas o ideal é em qualquer outra época do ano inteiro.

 

A IMAGEM
A imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida é de terracota-argila (cozida em forno apropriado depois de modelada). A cor acanelada como é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros.
Especialistas informam que seu estilo é "Seiscentista". Após ser estudada por Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro, por Monges Beneditinos do Mosteiro de São Salvador (Bahia) e outros, pôde-se afirmar que a Imagem é do século XVII.
Os que reparam a imagem bem de perto podem notar que ela tem uma forma sorridente nos lábios, queixo encastoado e uma covinha, além de um broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.

ALÉM DOS TÚMULOS
Apesar do nome deste roteiro turístico assustar um pouco, foi dessa forma lançado por importante Agência de Viagens paulistana (a Graffit) para levar as pessoas a passear por lugares com histórias de fantasmas, bem como lendas e as crendices próprias dos mitos, mostrando os lugares mal assombrados da cidade, mas de forma curiosa e divertida, ressaltando ainda a arte tumular em São Paulo.
No roteiro citado são explorados os casos de assombrações e almas penadas, afinal, temos por aqui a Igreja Santa Cruz dos Enforcados, já tivemos a peça O Fantasma da Ópera e, ainda, o Castelinho da rua Apa, uma das mais famosas moradas de fantasmas da capital paulistana.
Essa oferta faz parte dos Circuitos Temáticos na Grande São Paulo com os quais a citada Agência vem apresentando a cidade sob óticas diferentes, aproveitando o muito para se descobrir turisticamente.

DEFICIENTES  FÍSICOS
Acessibilidade é a palavra de ordem no turismo atual.
Acessibilidade é a nossa preocupação para que as pessoas com deficiência física tenham acesso a todos os equipamentos ligados ao turismo.
Não se faz isso de favor. É uma obrigação nossa! Afinal, ninguém pode ser egoísta a ponto de olhar somente para o próprio umbigo. Além disso, o turismo entrou na fase de melhoria de qualidade. E a melhoria de qualidade inclui detalhes como os aqui lembrados.
Vários hotéis que chegaram, tempos atrás, providenciaram um acesso adequado principalmente para as cadeiras de rodas. Vários deles fizeram as necessárias adaptações nos quartos e nos banheiros para facilitar referidas pessoas. Nada mais que a obrigação!
Contudo, em nossas andanças pelo Interior do Estado de São Paulo, temos visto que vários hotéis e restaurantes ainda desconhecem a existência de uma Lei Estadual que obriga tais estabelecimentos ter instalações adequadas para os portadores de necessidades especiais.
É preciso, pois, que os ‘distraídos’ providenciem as necessárias adequações com a máxima urgência e que se cumpra a Lei.

PEDERNEIRAS
A cidade nasceu onde, em 1840, instalou-se a Fazenda Pederneiras, nome originado da grande quantidade de “pedras de fogo” ali existentes.
A cidade oferece o “Parque Ecológico Vale do Sol”, uma daquelas imensas áreas de lazer para você passar um dia inteiro: Playground, cooper, lagoa para pesca, churrasqueiras, jardins, lanchonetes e atividades de recreação, esportivas e culturais.
Banhada pelo Rio Tietê, as condições para turismo náutico são boas. E tem uma prainha municipal com parque aquático, tobogãs e piscinas.
Há aviões para vôos panorâmicos. Prédios históricos e uma boa atividade cultural movimentam o município.

(texto de Jarbas Favoretto, MTb 32.511 – 11/11/2009)

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